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Como Ser Mais Criativo no Design: Técnica Simples e Infalível

A criatividade é um dos elementos mais importantes para qualquer designer, mas muitas vezes ela é vista como algo quase místico – como se algumas pessoas simplesmente nascessem mais criativas do que outras. No entanto, a criatividade também pode ser desenvolvida através de técnicas e práticas específicas. Neste artigo, vamos explorar um processo prático e simples que vai te ajudar a ser mais criativo no design,  elevando sua criatividade e rompendo com as ideias óbvias, seja no design gráfico, audiovisual, ou até na escrita.

Criatividade: Técnica vs. Emoção

Muitas pessoas acreditam que a criatividade é algo inato, quase emocional – como se umas pessoas tivessem mais e outras menos. Mas, na realidade, a criatividade pode e deve ser desenvolvida por meio de técnicas. Com a prática certa, você pode explorar novas camadas de ideias e se tornar mais criativo em seus projetos. Vou mostrar para você como aplicar uma técnica simples que pode ser usada em várias áreas, como design, fotografia, audiovisual, ou até mesmo para escrever um livro.

A Técnica das Três Camadas de Ideação

Quando estamos criando um novo projeto, passamos pela fase de ideação. Esta é a fase em que abrimos nossa mente para pensar em várias ideias até chegarmos ao resultado final. Quer seja uma identidade visual, embalagem, ou um vídeo, todas essas ideias passam por etapas e camadas de refinamento até que cheguem ao estágio ideal.

1. Primeira Camada: A Obviedade

No início de qualquer projeto, nossas mentes tendem a ficar presas na camada da obviedade. Por exemplo, imagine que você está criando um logotipo para um restaurante italiano. É muito provável que as primeiras ideias que venham sejam garfos, bandeiras italianas, massas – ou seja, associações muito diretas e esperadas.

Este é um processo natural e necessário. Você precisa “esgotar” essas primeiras ideias óbvias para conseguir romper essa barreira. Para fazer isso, pegue seu caderno ou sketchbook e desenhe tudo o que vier à mente. Não se preocupe se as ideias parecerem óbvias ou até “bestas” – este é o momento para deixar fluir.

Durante essa fase, você pode se sentir tentado a forçar algo mais inovador, mas o segredo é realmente deixar que as ideias óbvias saiam primeiro. Somente depois de esgotar essas opções, sua mente estará pronta para ir mais fundo.

2. Segunda Camada: A Relacionalidade

Depois de passar pela obviedade, chegamos à segunda camada – onde começamos a fazer associações indiretas com o tema. Esta camada é sobre relacionar elementos que, embora não sejam diretamente ligados ao tema, ainda se conectam de forma significativa.

No exemplo do restaurante italiano, você pode começar a lembrar de filmes que tenham cenas em restaurantes italianos, séries que mostrem esse tipo de ambiente, ou até experiências pessoais, como visitas a restaurantes. Por exemplo, me lembro de visitar Santa Felicidade, uma famosa região de restaurantes italianos, e perceber que muitos desses locais tinham arcos na arquitetura. Esses arcos, por exemplo, podem se tornar um elemento central no seu design, trazendo algo diferente e menos óbvio do que garfos e bandeiras.

Aqui, a chave é observar as experiências e memórias que têm uma relação indireta com o projeto, permitindo que essas referências alimentem sua criatividade de maneira mais rica.

3. Terceira Camada: A Abstração

Depois de esgotar as relações diretas e indiretas, chegamos à terceira camada: a abstração. Esta é a camada mais profunda, onde você cria elementos que não têm uma relação óbvia com o tema, mas que podem agregar um conceito significativo e único.

Por exemplo, você poderia usar um tipo de flor que é comum na região de onde a família do restaurante veio. Essa flor, aparentemente sem ligação direta com um restaurante, pode se tornar um ícone poderoso, porque tem uma história, uma conexão emocional que pode ser contada. As pessoas podem não entender de imediato, mas ao perguntar sobre a flor, você tem a oportunidade de contar uma história que enriquece a marca e cria um laço mais profundo com o público.

Como Aumentar a Sua Criatividade e Acelerar o Processo

Para que você consiga chegar nessas camadas mais profundas com mais eficiência, é importante ter um repertório amplo. Quanto mais referências você tiver, mais fácil será criar conexões e abstrações. Por isso, recomendo que você dedique tempo a aumentar seu repertório cultural. Assista filmes, vá a museus, leia livros, participe de novas experiências, conheça pessoas diferentes. Tudo isso vai expandir suas possibilidades de conexão durante o processo criativo.

Outro ponto essencial é incluir outras pessoas no seu processo de ideação. Se puder, traga colegas para o brainstorm, convide o cliente para conversar, ou até mesmo vá ao local do projeto para vivenciar aquilo pessoalmente. No exemplo do restaurante italiano, conversar com o dono, os frequentadores ou a equipe pode trazer insights que você nunca teria sentado sozinho na frente do computador.

Conclusão: Permita-se Esgotar as Ideias Óbvias

Para ser mais criativo no design, você precisa primeiro esgotar as ideias mais óbvias, passar pelas associações indiretas e, finalmente, alcançar a abstração. Esta técnica de três camadas permite que você crie algo mais significativo e menos previsível. Além disso, aumentar seu repertório e envolver outras pessoas no processo fará com que suas ideias sejam ainda mais ricas e originais.

Experimente essa abordagem no próximo projeto e veja a diferença que faz ao romper as barreiras da obviedade. Deixe sua criatividade fluir e, se precisar de mais ajuda para dominar o Behance e criar um portfólio poderoso, confira nossas formações no PortfolioPro!

Se você tem outras técnicas ou dicas para aumentar a criatividade, deixe nos comentários! Vamos compartilhar ideias e crescer juntos como comunidade.

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