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A Regra do Espelho

Como conseguir clientes de design sem ter experiência

É possível conseguir clientes mesmo sem ter experiência ou portfólio? Isso é possível através da Regra do Espelho, uma técnica desenvolvida por nós aqui no PortfolioPro® depois de observar que já existiam muitos designers ao redor do Brasil e do mundo fazendo algo semelhante.

Em resumo, a Regra do Espelho funciona da seguinte forma: Os seus projetos ou cases no portfólio tem o poder de atrair clientes parecidos a eles. Se você publica projetos de identidade visual para hamburguerias, logo, hamburguerias reais vão te procurar para criar identidades para elas. Se você publica projetos de website para consultórios, logo, outros consultórios irão te procurar para criar website para eles.

Mas como fazer isso sem experiência? Criar cases ou projetos fictícios onde você pode mostrar toda a sua habilidade na prática e impressionar os seus futuros clientes.

Como funciona?

Vamos supor que você comece a postar projetos de identidade visual para restaurantes. A tendência natural é que empreendedores donos de restaurantes sejam os maiores interessados nesses cases. Eles são atraídos através dos mecanismos de buscas, indicações, pessoas que não são dessa área e vão ver esses cases e mostrar para eles. Ou seja, Cases de restaurantes atraem clientes donos de restaurantes.

E uma vez que você atende bem este cliente, assim como nós designers temos as nossas comunidades, os empreendedores donos de restaurante também tem as deles, o seu nome vai começar a circular ali, e você vai ser indicado para fazer outros trabalhos desta mesma natureza.

Sabendo disso, você pode intencionalmente começar a construir cases de um determinado segmento de mercado que você gostaria de atuar. E conforme ele vai ganhando visibilidade, você vai alcançando clientes em potencial que se identificam com aquele case. Quanto mais cases nessa área, mais conhecido nela você ficará.

Mas claro, você não precisa ficar preso em um único segmento e só fazer trabalhos para restaurantes. Você pode ir acrescentando outros segmentos quando quiser, testar outras áreas, trabalhar em outros nichos e ver quais você mais se identifica.

A nossa intenção aqui não é te limitar, pelo contrário, é te dar liberdade para criar mais, e criar com intencionalidade para atingir o cliente que você quiser, independente da sua localização geográfica ou estrutura.

Que tipo de cliente você quer trabalhar

Que tipo de clientes você se sente realmente empolgado de trabalhar? Ou qual é o seu tipo de projeto dos seus sonhos? Mesmo que você não tenha nenhum cliente ou não esteja atendendo clientes inspiradores ou criativos, é possível começar a atrair projetos super empolgantes através das técnicas desse artigo. Você também pode contar com a nossa Consultoria para receber ajuda para implementar no seu portfólio.

A regra do espelho nos mostra que o cliente é atraído por aquilo que ele vê. O seu portfólio é a vitrine, e ele vai atrair os clientes que se identificam com as peças que você decidiu expor. Se você colocar cases de embalagens, você atrairá clientes de embalagens, se você colocar projetos de Id. Visual, vai atrair clientes de Id. Visual, se colocar projetos de manipulação de imagem, é o tipo de trabalho que você vai atrair.

Alinhamento portfólio x clientes

Muitas vezes o fato de não recebermos pedidos de orçamento está ligado a falta de estratégia no nosso portfólio ou falta de alinhamento com o tipo de cliente que queremos atrair.

Não espere que com um portfólio bagunçado ou com crise de identidade (que tem projetos de áreas diferentes que não conversam) você vá atrair bons clientes. É necessário clareza. Por isso reflita: Qual é o seu foco de clientes? Ter isso em mente é o primeiro passo para fazer uma reformulação do seu portfólio.

Se você já tem um portfólio, questione se o trabalho que hoje está exposto reflete a sua qualidade atual de trabalho. Pergunte se os cases que estão no ar estão alinhados com o tipo de cliente que você quer atender no futuro. Caso ainda não tenha, não se preocupe, você terá a chance de ja começar sendo intencional na sua construção. E também pode contar com a nossa Consultoria para ser ainda mais eficiente.

 

A regra do espelho na prática

Vamos entender como podemos transformar essa informação em ações práticas para criar um portfólio imã de clientes para você:

1. Escolher uma categoria que você quer trabalhar

2. Crie um conceito

3. Prepare um Briefing

4. Crie um Case

Escolher uma categoria que você quer trabalhar

Ao invés de esperar que eles venham bater na sua porta, é necessário agir. Qual é a categoria de clientes que você quer atender? Se você quer trabalhar com restaurantes, você precisa ter um projeto de restaurante. Você pode criar um projeto completamente fictício e conceitual. Tire um tempo do dia para trabalhar nele. Será muito importante para dar o start que você precisa.

Saindo do looping ruim

Os seus clientes mudarão conforme você vai mudando seu portfólio. Se você não está satisfeito com os clientes que estão chegando, vamos aprender a transicionar.

Normalmente nós pegamos projetos por necessidade, e isso dificilmente vai mudar, porém, pode e deve diminuir MUITO. Isso porque o seu cenário atual é como uma espécie de fruto do portfólio que você tem:

Cliente fácil e baixo orçamento > Cases desses projetos > atraindo clientes semelhantes

Por isso não é nenhuma surpresa que você ainda não está alcançando o cliente dos sonhos, simplesmente porque esse looping não te permite conversar com ele.

O principal ponto a se concentrar aqui é entender que um cliente é muito diferente de nós designers, ele não olha pra um case de embalagem e imagina que você também faz Identidade Visual. Ele quer ver, se possível, algo dentro da sua realidade, do seu segmento. E enquanto isso não existe, fica uma lacuna entre você ele.

O nosso trabalho como criativos é criar projetos que nos permitam preencher essa lacuna para os nossos futuros clientes possam entender o tipo de trabalho e como as nossas habilidades podem ser aplicadas para resolver os seus problemas.

Então, se você ainda não fez isso, não se queixe de clientes ainda não estarem entrando em contato com você, porque você não está fazendo seu trabalho.

Qual é o seu trabalho a partir de agora

Como usar a Regra do espelho para conseguir clientes de design sem ter experiência com portfólio

O seu trabalho é ligar os pontos: Cases do segmento x > Clientes do segmento x. Mostrar como o seu design pode impactar nesse tipo de negócio e resolver problemas. Quanto maior o problema que você resolve, maior é a sua remuneração.

“Imagem e percepção criam valor, e se você não tem a imagem, você não tem nenhuma percepção de valor. Então se o seu portfólio não está sincronizado com o que o cliente está procurando, eles não veem valor no que você faz”. Aaron Atchison – Diretor da Farm Design

Crie percepção de valor

Então o nosso trabalho é criar essa imagem ou aquela parte do portfólio que cria uma percepção de valor do que você faz e resolve o problema dos clientes que você quer atingir. Invista tempo fazendo uma curadoria de clientes que você acha que sejam divertidos, interessantes e que valham a pena para você e estude a linguagem deles.

Se você é estudante, um pouco de lição de casa: Veja para quais agências você gostaria de trabalhar, veja qual é o foco delas, e comece a criar projetos que falem aquela língua.

Se você é um freelancer ou um pequeno negócio, depois de entender qual cliente realmente te dá prazer de trabalhar, comece a falar a mesma língua que eles.


Crie um conceito (BIG IDEA)

O próximo passo agora é gerar um projeto conceito para o seu case. Isso vai permitir que o seu design esteja enraizado e te permitir ter profundidade de significado e uma direção clara das próximas escolhas de design que você fará.

Ter estrutura no processo vai te ajudar a não entrar num caos criativo. Se deixarmos nossa mente solta, é muito mais difícil de sintetizarmos uma ideia para criar um conceito que vai de fato virar um case. É necessária a estrutura para se criar: Um briefing, informações básicas e o objetivo que você deve obter naquele projeto.

Trabalhe no que ajuda a criar a estrutura: monte um rascunho de briefing, realize pesquisas, levante informações, moodboard e defina um parâmetro para você ou toda a equipe consultar durante todo o processo criativo. Ele funcionará como seu roteiro na criação. Isso vai ajudar e economizar seu tempo e criar eficiência e realmente render um trabalho de qualidade.

Crie um Briefing

Depois de levantar a sua ideia principal, você precisa ter um Briefing para começar a criar. Um briefing nada mais é do que um documento que te dá as informações necessárias para a sua criação ser bem embasada.

Não existe um tamanho certo para um briefing, até porque projetos mais complexos vão precisar de briefings maiores, assim como projetos mais simples vão ter briefing menores. O certo é que quanto mais cercado de boas informações, melhor será o resultado que você irá entregar.

O que deve conter no seu briefing

1. Sobre o cliente: É uma etapa introdutória que vai explicar o contexto do projeto, ou seja, quem é o seu cliente, qual é a sua realidade e qual é o seu problema a ser resolvido.

2. Sobre o público: Onde você colocará informações sobre o público final para quem esse projeto será destinado. Sua faixa etária, classe social, anseios, desejos, necessidades, particularidades que o projeto deve se atentar.

3. Sobre o Mercado: Onde você deve contextualizar com o cenário mercadológico onde o seu design será inserido. Qual é o nicho do cliente, quem são os concorrentes, parceiros e grupos de interesse (stakeholders).

4. Parâmetros criativos: A definição de um caminho criativo mais delimitado, como uma cor para seguir, um estilo de design a obedecer ou alguma outra particularidade que vai nortear a decisão de design.

Esse é um briefing basico. É possível sim nos aprofundarmos (e vocês vão ver os meus briefings de clientes reais e todo o meu processo de criação no módulo How To Make), mas o que temos aqui já é o suficiente para deixar você livre o suficiente para pensar em soluções fora da caixa, mas no chão o suficiente para não viajar demais e fazer algo disfuncional.

Dica para obter briefings
https://tifolio.com.br/

Quantos cases preciso ter?

Quantos cases eu preciso ter para usar a Regra do espelho para conseguir clientes de design sem ter experiência com portfólio

Quantos cases eu preciso ter o meu portfólio? Depende! Se você está começando agora, provavelmente você ainda não tem cases para trabalhar, então o que você pode fazer? Você pode construir um case fictício, ou seja, você vai construir uma identidade visual, embalagem, ilustração, 3D ou qualquer que seja sua área de atuação, para um cliente fictício que você vai criar ou você pode fazer um projeto para um vizinho, parente, negócio local próximo de você e simplesmente gerar essa primeira experiência de construir um case.

Como montar um case

Um case precisa ter uma estrutura básica de narrativa. Vamos usar como exemplo um projeto de identidade visual para que você consiga compreender e você vai adaptar ali para o seu contexto.

Capa do projeto

A primeira parte da construção de um case é a capa, ou seja, a imagem que vai começar o seu projeto. A capa precisa ser um resumo do seu projeto, o que tem de melhor nele. Evite colocar na capa simplesmente um logotipo ou alguma coisa muito pequena que não tem um impacto visual tão grande. O ideal seria você colocar uma aplicação onde esse logotipo está sendo utilizado no contexto da empresa, alguma coisa que tenha um impacto visual muito grande que consiga resumir muito bem o seu projeto.

Descrição

Em seguida vem a descrição do case, onde você vai escrever ali resumidamente:

1. Quem é o cliente, o que ele faz, qual o problema que está enfrentando, e porque ele procurou você para ajudar.

2. Qual foi a solução de design que você encontrou para aquele problema e como você executou. Se você trabalhou com uma equipe ou com amigos para esse projeto, coloque um crédito, o que cada um fez no projeto e o que foi entregue para o cliente.

Processos

Depois de escrever o texto de base do seu projeto você vai começar a mostrar item por item, o que você construiu em caso de identidade visual, o primeiro elemento que você vai mostrar é apresentação do seu logotipo.

Isso pode ser feito através de um pequeno vídeo que você pode fazer no Adobe premiere ou algum editor de vídeo que você tem acesso. isso pode ser feito também através de um Gif que você pode fazer no photoshop através da timeline.

Mas caso você não domine nenhuma dessas habilidades, não tem problema. Você pode apresentar simplesmente o logotipo e as suas assinaturas aqui, depois você começa a mostrar as primeiras aplicações do logotipo, como se fosse um processo. Você mostra logo depois o seus rascunhos e processos, os locais de aplicação final, caso o logo não tenha sido colocado no mercado de verdade, você pode trabalhar em um mockup personalizado para mostrar como seria na vida real.

Apresente processos

Depois você passa para a tipografia. apresenta a família tipográfica que você escolheu para o projeto, depois dê exemplos da tipografia no contexto da marca e mostre através de aplicações como ela funciona no contexto da marca.

Depois você apresenta as cores institucionais que você elegeu para o projeto bem como seus códigos em CMYK, RGB E Pantone.

Também seria interessante você mostrar na prática como essas cores influenciam no contexto da marca. Você pode fazer isso através de mockups ou aplicações personalizadas feitas no photoshop.

Em seguida você apresenta os grafismos ou elementos de apoio da marca, que podem ser ícones, gráficos, ilustrações, elementos 3D que compõem universo da marca. Depois de apresentar a marca, você sempre se ter o cuidado de mostrar num contexto de uso, mostrando como esses elementos interagem com os elementos que você apresentou anteriormente, ou seja, a tipografia, as cores e o logotipo. Você pode fazer isso através de posts, cartazes, outdoors, materiais institucionais em geral.

Aqui você precisa ter muito cuidado para escolher mockups ou aplicações que façam realmente sentido para o projeto. Como assim? Se você está trabalhando com o projeto de engenharia tome o cuidado de criar mockups que façam sentido com contexto de engenharia, como banners, placas de obras, capacete, material de papelaria, evitando o uso de mockups que não façam sentido, por exemplo: caneca, outdoor em um posto de gasolina ou elementos que não interagem com um contexto de engenharia.

Resultado final

Agora que todas as partes da marca foram apresentadas, você deve mostrar elas no mercado. Se esse projeto foi pro ar, procure fotos reais dele. Se não foi, procure criar imagens no Photoshop o mais real que puder e foque no contexto de uso. Aqui não cabe imagens com cara de mockup.

Organização

Agora que você aprendeu a criar um case, você precisa repetir esse processo até alcançar um número de pelo menos quatro trabalhos publicados. Por que quatro? Porque é o mínimo de trabalhos que você precisa ter para mostrar a sua forma de trabalhar.

Depois de ter o seus trabalhos organizados agora o ideal seria você comprar um domínio com o seu estúdio, ou se você é assinante da criativo Cloud, você tem de graça acesso ao adobe portfólio, que é uma plataforma que integra o seu site com o seu perfil no behance. Isso facilita muito o seu trabalho na hora de publicar seus projetos, uma vez que você precisa publicar somente uma vez e o sistema da adobe vai sincronizar os dois canais de comunicação.

Divulgação

Agora que você já tem o seu site portfólio pronto, chegou a hora de começar a divulgar o seu trabalho. Nada adianta ter um portfólio, se ninguém vê. Então o seu trabalho, principalmente no começo da carreira, é mostrar o seu portfólio para o maior número de pessoas possíveis. Quando aparecer uma vaga em uma agência ou estúdio, você já tem o que mostrar para garantir que ela será sua. Quando os primeiros clientes começarem a aparecer, você já tem o que mostrar para garantir a sua experiência.

Mas não espere que a oportunidade vá cair no seu colo do nada. Você precisa correr atrás dele. Pegue os projetos que você publicou e divulgue na suas redes sociais, inscreva em galerias ou curadorias como a world Brand design, Packing of the world, logos ai, brandmasters, criacura, e etc. também vale enviar o seu trabalho para Blogs e portais especializados em design. Uma vez que esses sites publicam o seu trabalho, você ganha muito mais visibilidade. E como diz a máxima, quem é visto, é lembrado.

Você também pode enviar o seu portfólio para agências, estúdios, designers que você gostaria de trabalhar junto e se predispor ajudá-los em algum projeto. O seu portfólio vai ser o ponto de partida para começar a estabelecer a suas primeiras relações profissionais no design.

 

Conte com a gente para te ajudar! Entre para a Consultoria do PortfolioPro® e seja acompanhado por uma equipe que já ensinou mais de 100 designers como construir portfólio através dos cursos e treinamentos do PortfolioPro®. Assim você será muito mais eficaz no que estará construindo, bem como ter certeza de onde está errando e onde precisa melhorar.

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